Nos dias de hoje, num mundo cada vez mais globalizado e competitivo, as empresas devem dar mais atenção aos seus colaboradores, reconhecendo o seu valor e as suas competências enquanto recurso de trabalho. Assim, torna-se fundamental apostar em equipas com elevado potencial e bons desempenhos. Neste sentido, é importante ter em conta o processo de seleção dos recursos humanos, de modo a garantir um enquadramento com as empresas e os seus propósitos. Portanto, a seleção é o processo através do qual as organizações escolhem as pessoas mais adequadas para o exercício de funções específicas depois de recrutadas e/ou atraídas do mercado. É crucial para as empresas investirem em processos de seleção eficientes e eficazes por forma a potenciar a decisão certa na escolha dos melhores candidatos. Aqui, é necessário ter em conta cinco fatores de personalidade que podem refletir, à partida, bons ou maus desempenhos dos candidatos enquanto futuros trabalhadores.
O Modelo das BIG FIVE
1| Extroversão (reverso de “introversão”): Pessoas com preferência pela interação social; gosto pela atividade. Tendem a ser sociáveis, conversadoras, assertivas, ativas e emocionalmente positivas.
2| Neuroticismo (reverso de “estabilidade emocional”): Pessoas com tendência para a emocionalidade negativa e a instabilidade; inabilidade para lidar com as dificuldades. Tendem a ser ansiosas, instáveis e inseguras.
3| Amabilidade: Pessoas com orientação para o zelo na relação com os outros. Tendem a ser flexíveis, confiantes, cooperantes, empáticas e tolerantes.
4| Conscienciosidade: Pessoas organizadas e com preferência por atividades orientadas para objetivos. Tendem a ser responsáveis, cuidadosas, eficientes e orientadas para o sucesso.
5| Abertura à experiência: Pessoas tolerantes para com novas ideias e novos modos de realizar coisas; orientadas para a experiência. Tendem a ser originais, imaginativas e intelectualmente curiosas.
Em geral, todas as pessoas possuem estas cinco características e o seu grau de existência pode predizer o desempenho em determinadas atividades. Por exemplo, os indivíduos mais conscienciosos tendem a denotar superior desempenho, baixos níveis de absentismo e menos problemas disciplinares. Outro caso, pessoas com a característica predominante de extroversão podem ter maior sucesso em funções que incluam relacionamento interpessoal (ex.: empregado/a de mesa).
Resumindo, o Modelo das BIG FIVE pode ser bastante útil para as empresas na realização do processo de seleção de candidatos. É facto que não existem receitas para a área de Recursos Humanos, mas esta ferramenta potencia uma maior atenção e sensibilização para a análise de alguns traços de personalidade das pessoas, dando alguns indicadores orientadores do desempenho de trabalho futuro.